Os grupos mais jovens estão demonstrando um nível decrescente de entusiasmo em relação aos automóveis.
Uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center revelou que a percentagem de millennials (indivíduos nascidos entre 1981 e 1996) que possuem carta de habilitação é de apenas 53%, em contraste com os 77% da Geração X (indivíduos nascidos entre 1965 e 1980) quem também possuem essa permissão.
A Geração Z (nascida de 1996 a 2012) está demonstrando uma inclinação crescente para ter menos motivação em relação à propriedade de automóveis e à obtenção da carteira de motorista.
Vários fatores contribuem para a diminuição do interesse pelos veículos, tais como o aumento das despesas de propriedade, a crescente preferência pelo transporte público e a transição para estilos de vida mais urbanizados.
Que tal, então, descobrir o que impede você de ter seu próprio carro? Continue a leitura deste conteúdo para tirar todas as suas dúvidas!
1. Medo do preço do carro inflacionado
No Brasil, o preço exorbitante dos automóveis pode ser atribuído a uma infinidade de questões que vão além dos impostos.
Antes da crise, o país já ocupava uma posição de destaque como um dos maiores mercados a nível mundial, mas os automóveis eram conhecidos pelos seus preços exorbitantes.
A cultura predominante de aceitação de preços facilita aos fabricantes de automóveis o aumento das suas margens de lucro.
Apesar de os automóveis brasileiros serem exportados para países como México e Argentina, eles são vendidos lá a um preço significativamente inferior ao mercado interno, uma vez que são obtidos mais lucros com a fabricação nacional.
A disparidade de custos entre o Brasil e outras nações, como os Estados Unidos, pode ser atribuída à imposição de tarifas de importação substanciais no Brasil.
A importação incorre em despesas substanciais e as montadoras enfrentam encargos consideráveis ao transportar automóveis para o país.
Além disso, ao chegar ao Brasil são cobrados diversos impostos como IPI, ICMS, PIS/COFINS, bem como pagamentos do INSS, aumentando o custo final dos carros.
Os veículos importados, como as Ferraris, que custam mais de R$ 3 milhões no Brasil, podem ser adquiridos por apenas um terço desse valor nos Estados Unidos.
As montadoras estrangeiras, inclusive, encontram barreiras adicionais devido a obstáculos burocráticos, despesas de produção elevadas, mão de obra cara e obstáculos legais.
Vários fabricantes, como Mazda e Geely Motors, retiraram-se do mercado brasileiro devido a fatores como vendas fracas, instabilidade econômica e fortalecimento do dólar, apesar dos esforços do governo para incentivar a produção local.
Os recém-chegados chineses enfrentam desafios para alcançar uma rentabilidade substancial, uma vez que competem com fabricantes estabelecidos, como a Fiat, a General Motors, a Volkswagen e a Ford, que já conquistaram a confiança do mercado.
2. Medo do preço da gasolina

Os custos de combustível foram influenciados por uma infinidade de variáveis.
Em 2021, espera-se que o crescimento econômico global seja retomado após uma recessão em 2020 causada pela epidemia de Covid-19.
Esta recuperação econômica leva a um aumento da procura do produto, provocando assim o aumento dos preços mundiais.
Pelo contrário, o cartel dos principais produtores de petróleo conhecido como OPEP ainda não restaurou os seus níveis de produção aos observados antes da epidemia.
Consequentemente, a oferta não está aumentando na mesma proporção.
O conflito na Ucrânia e as sanções petrolíferas da Rússia em 2022 intensificaram as pressões inflacionistas sobre os combustíveis, reduzindo a oferta e interrompendo as linhas de distribuição.
No Brasil, o preço da gasolina continua a ser afetado negativamente pela valorização do dólar. Devido à desvalorização do real, o custo do barril aumenta quando cotado em moeda norte-americana.
Apesar de serem responsabilizados pelo aumento, os impostos e taxas não aumentaram realmente.
Contudo, uma vez que estes impostos são calculados com base numa proporção do preço da gasolina, o cliente também fica sobrecarregado com pagamentos de impostos mais elevados quando o preço aumenta.
Ao pensar na compra de um automóvel, é fundamental levar em consideração a influência do custo da gasolina no seu plano financeiro.
É aconselhável também pensar melhor a necessidade de possuir automóvel. Por exemplo, se você mora em uma área urbana que possui uma rede de transporte público bem desenvolvida, é mais prático circular pela cidade sem a necessidade de ter um carro próprio.
3. Medo de ser enganado por prestadores de serviços ou na compra de peças
O receio de cair em ciladas ao contratar serviços ou adquirir peças é um entrave frequente para quem deseja possuir um veículo.
Essa apreensão surge pela falta de confiança no mercado, onde há muitas “peças de segunda” e “serviços de qualidade duvidosa”.
Quem passa a ter essa incerteza acaba por adiar o sonho da independência automotiva, isso pode ser uma realidade para muitos brasileiros.
4. Medo das despesas contínuas
Além das despesas iniciais, a manutenção de um automóvel acarreta custos contínuos como gasolina, manutenção, seguros, impostos e potenciais problemas imprevistos, que podem representar dificuldades financeiras.
5. Medo de receber multas, acumular pontos na CNH ou ter o veículo apreendido
A preocupação de ser multado, acumular pontos na CNH ou ter o veículo apreendido é um obstáculo para quem almeja possuir um carro.
Muitos brasileiros evitam “se arriscar no trânsito” por medo de enfrentar “dor de cabeça” com as autoridades.
Essa preocupação com infrações e penalidades pode adiar o investimento em um automóvel próprio, limitando a mobilidade de independência.
6. Medo do estacionamento limitado
A operação de estacionamentos no Brasil apresenta variações regionais e específicas de cada estabelecimento, abrangendo os setores público e privado.
As regiões urbanas enfrentam desafios devido ao espaço limitado, levando ao aumento da procura e ao congestionamento. E, a infraestrutura insuficiente agrava os desafios de estacionamento.
As questões globais no Brasil prendem-se com as dificuldades socioeconômicas, incluindo o impacto da corrupção dos políticos e nas instituições, a manifestação da desigualdade social através de lacunas no rendimento e no acesso a serviços fundamentais
As preocupações ambientais, como a destruição das florestas na Amazônia e a poluição nas áreas metropolitanas, também colocam problemas significativos.
Para abordar estas questões interligadas, é necessário adotar estratégias abrangentes e encorajar o envolvimento ativo da sociedade, a fim de alcançar uma transformação significativa.
7. Medo das preocupações ambientais

O aumento da consciência ambiental pode levar os indivíduos a absterem-se de possuir automóveis devido às emissões poluentes e às repercussões ecológicas associadas aos veículos movidos a combustíveis fósseis.
8. Medo de desperdiçar tempo e dinheiro devido à falta de conhecimento técnico do veículo
O temor de desperdiçar tempo e dinheiro devido à falta de conhecimento técnico do veículo é uma preocupação que impede muitos brasileiros de adquirirem um carro próprio.
Além disso, os receios de “ficar a ver navios” com problemas mecânicos não detectados ou de serem “passados para trás” em manutenções são fatores que adiam o investimento no seu próprio veículo.
Essa hesitação limita a liberdade de locomoção e a independência.
9. Preferência por mobilidade compartilhada
O advento de serviços de compartilhamento de automóveis como Uber, 99 e serviços de aluguel por hora proporcionam um substituto flexível e conveniente para a propriedade de automóveis, especialmente, para indivíduos com necessidades pouco frequentes de veículos.
10. Medo de acidentes ou avarias graves no veículo devido à falta de manutenção adequada
O medo de acidentes ou danos sérios no veículo em razão da falta de manutenção adequada é um fator que impede muitos brasileiros de possuírem seu próprio carro.
Além disso, o temor de “dar com os burros n’água” ao negligenciar cuidados básicos como troca de óleo e verificação de pneus pode resultar em “prejuízos dos grandes”, afetando a segurança e aumentando os custos a longo prazo.
Esse receio atrasa a realização de um desejo de ter seu próprio carro ou possuir uma maior mobilidade.
11. Estilo de vida urbano
Em regiões metropolitanas altamente povoadas, a proximidade entre destinos pode ser mínima, tornando o transporte público, a pé ou de bicicleta alternativas mais viáveis à utilização do veículo pessoal.
E, ter seu próprio carro pode ser um problema para lidar com o congestionamento do tráfego e a disponibilidade limitada de estacionamento que existe em um estilo de vida urbano.
12. Medo de ficar com o carro quebrado em locais ou horários perigosos
A apreensão de ficar com o carro quebrado em locais ou horários perigosos é um impedimento corriqueiro de muita gente que considera ter seu próprio veículo.
O medo de “ficar na mão” em áreas de risco, principalmente, à noite, e enfrentar “perrengues dos grandes” sozinho, contribui para adiar o sonho de ter seu próprio veículo.
Essa angústia afeta a sensação de segurança e a liberdade de locomoção.
13. Medo de danificar o carro por falta de conhecimento técnico além do básico
O temor de danificar o veículo por inexperiência técnica vai além do básico e é uma barreira frequente para a posse de um carro.
Inclusive, diversas pessoas têm o receio de “meter os pés pelas mãos” ao lidar com questões mecânicas complexas, tendo a preocupação de piorar a situação mecânica atual do veículo.
Vale a pena ter seu próprio carro?
Em primeiro lugar, seu próprio carro oferece autonomia, permitindo-lhe viajar no seu próprio ritmo sem depender dos horários do transporte público. Isto é particularmente vantajoso em áreas com infraestruturas inadequadas.
Além disso, possuir um carro facilita o transporte de itens volumosos ou pesados, como mantimentos, malas e equipamentos esportivos.
Maior conveniência pode ser alcançada evitando grandes trânsitos, minimizando o tempo gasto nas vias públicas de grandes centros, principalmente.
Além disso, o carro tem a vantagem da flexibilidade de rotas, possibilitando a exploração de localidades rurais ou a seleção de rotas mais rápidas.
Durante circunstâncias críticas, possuir seu próprio carro pode ser vital para um transporte rápido e eficaz.
Apesar dos gastos associados à posse de um automóvel, como manutenção e gasolina, a autonomia e a eficácia que oferece compensam frequentemente esses gastos.
Portanto, possuir um carro proporciona um valioso amálgama de autonomia, facilidade e movimento individualizado.
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Agora que você entendeu os medos que podem impedir você de ter seu próprio carro, o que acha de contar com um material que ajude a não ter mais medo do seu próprio carro ou a auxiliá-lo a manter seu veículo?
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